Me
pego lendo Sartre, Les mots as duas da
manhã, isso só prova que estou deprimido e sem saída.
Por mais culto que pareça a atitude, só mostra o quão fora da minha rotina eu sai.
Por não ter mais vontade de continuar,a leitura pode te ajudar a se afundar quando necessita,pois vira uma espécie de mundo alternativo,te tirando da realidade.
Estou a duas semanas trancado no quarto,bebendo meus uísques e minhas cervejas.
Fumando meus charutos,sem banho desde então.
Lendo compulsivamente.
Telefones desligados,casa trancada e horários trocados como de costume.
Para muitos, devo ter morrido.
Para alguns, simplesmente enfim enlouqueci.
E para outros não faço falta alguma.
O mais impressionante é que me sinto cada dia mais forte.
A solidão trabalha me fortalecendo.
Sempre foi assim.
Sozinho raciocino melhor,olhando tudo com mais clareza.
Termino a minha leitura e olho em volta.
Me sinto estranho.
Na minha cama tem um corpo esverdeado em meio a muitas garrafas.
Olhando bem, percebo que o corpo é meu.
Ao seu lado o livro de Sartre aberto nas primeiras paginas.
Difícil se ver morto.
Fiquei olhando ali aquele corpo e seus abusos.
Num piscar de olhos,estava em um jardim ensolarado,com uma aglomeração de pessoas chorosas e revoltadas.
Estava em meu enterro.
Dentro do caixão com aquele tom branco fúnebre e um sorriso sádico no rosto. - menos mal pensei.
Eu andava entre os grupos e ouvia suas lamentações e reclamações.
No geral eu era um cara egoísta que nunca quis ajuda e procurou se afundar a vida toda.
Pois bem,não deixava de ser verdade.
Meu pai tinha aquele ar de superioridade e ao mesmo tempo de repulsa.
Se sentia envergonhado pelo fracasso que foi seu filho.
O qual ele esperava que fosse uma espécie de copia fiel de sua personalidade.
Esta ai o maior dos fracassos.
No canto havia seis amigos,do qual sempre pude contar.
Estavam a falar de nossas loucuras e situações engraçadas passadas pela vida.
E ai entendi o porque estavam tão afastados.
Estavam todos a beber a minha garrafa de uísque preferida.
Esses sim,bons amigos.
No fechar da tampa do caixão,olhei e vi uma linda moça que chorava quietinha.
Muito branca,daquelas de palidez típica das deusas antigas,mas não conseguia lhe ver o rosto.
Ouvi um primo meu que estava próximo,comentar a uma senhora.
- Esse era o amor da vida dele
Entrei em desespero.
Tentava sem êxito enxergar o rosto da linda menina pálida.
Ouvi a tampa do caixão fechar e simplesmente desapareci.
Levantei da cama,com uma péssima dor de cabeça.
Olhei ao meu lado e estava varias garrafas de bebidas vazia e meu livro do velho Sartre.
Olhando no espelho me vi normal e percebi que estava com ressaca.
Uma das brabas,algo que nenhum morto teria.
Peguei meu copo enchi com mais uísque e com aquela sensação de esta de volta,renovado.
Meu amor,a linda branquinha pálida ainda não existia,o que me deu uma certa frustração.
Parti em direção ao banco para pagar minhas contas,pois ainda estava vivo para ser cobrado.
Por mais culto que pareça a atitude, só mostra o quão fora da minha rotina eu sai.
Por não ter mais vontade de continuar,a leitura pode te ajudar a se afundar quando necessita,pois vira uma espécie de mundo alternativo,te tirando da realidade.
Estou a duas semanas trancado no quarto,bebendo meus uísques e minhas cervejas.
Fumando meus charutos,sem banho desde então.
Lendo compulsivamente.
Telefones desligados,casa trancada e horários trocados como de costume.
Para muitos, devo ter morrido.
Para alguns, simplesmente enfim enlouqueci.
E para outros não faço falta alguma.
O mais impressionante é que me sinto cada dia mais forte.
A solidão trabalha me fortalecendo.
Sempre foi assim.
Sozinho raciocino melhor,olhando tudo com mais clareza.
Termino a minha leitura e olho em volta.
Me sinto estranho.
Na minha cama tem um corpo esverdeado em meio a muitas garrafas.
Olhando bem, percebo que o corpo é meu.
Ao seu lado o livro de Sartre aberto nas primeiras paginas.
Difícil se ver morto.
Fiquei olhando ali aquele corpo e seus abusos.
Num piscar de olhos,estava em um jardim ensolarado,com uma aglomeração de pessoas chorosas e revoltadas.
Estava em meu enterro.
Dentro do caixão com aquele tom branco fúnebre e um sorriso sádico no rosto. - menos mal pensei.
Eu andava entre os grupos e ouvia suas lamentações e reclamações.
No geral eu era um cara egoísta que nunca quis ajuda e procurou se afundar a vida toda.
Pois bem,não deixava de ser verdade.
Meu pai tinha aquele ar de superioridade e ao mesmo tempo de repulsa.
Se sentia envergonhado pelo fracasso que foi seu filho.
O qual ele esperava que fosse uma espécie de copia fiel de sua personalidade.
Esta ai o maior dos fracassos.
No canto havia seis amigos,do qual sempre pude contar.
Estavam a falar de nossas loucuras e situações engraçadas passadas pela vida.
E ai entendi o porque estavam tão afastados.
Estavam todos a beber a minha garrafa de uísque preferida.
Esses sim,bons amigos.
No fechar da tampa do caixão,olhei e vi uma linda moça que chorava quietinha.
Muito branca,daquelas de palidez típica das deusas antigas,mas não conseguia lhe ver o rosto.
Ouvi um primo meu que estava próximo,comentar a uma senhora.
- Esse era o amor da vida dele
Entrei em desespero.
Tentava sem êxito enxergar o rosto da linda menina pálida.
Ouvi a tampa do caixão fechar e simplesmente desapareci.
Levantei da cama,com uma péssima dor de cabeça.
Olhei ao meu lado e estava varias garrafas de bebidas vazia e meu livro do velho Sartre.
Olhando no espelho me vi normal e percebi que estava com ressaca.
Uma das brabas,algo que nenhum morto teria.
Peguei meu copo enchi com mais uísque e com aquela sensação de esta de volta,renovado.
Meu amor,a linda branquinha pálida ainda não existia,o que me deu uma certa frustração.
Parti em direção ao banco para pagar minhas contas,pois ainda estava vivo para ser cobrado.
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