Eu levanto com aquele cansaço descomunal.
Seria engraçado se essa sensação fosse causada por um dos meus abençoados porres.
Levantei me sentindo como se tivesse sido espancado.
O que não é justo, porque nunca me envolvi em uma briga.
Sou uma vergonha até mesmo para minha classe de bêbados nesse quesito.
Mas meu mal estar não era ressaca.
Não era físico.
Era mental.
Eu vivia para sobreviver.
Cada dia um nova luta.
E no final do dia eu tinha mais cacos para juntar.
Muitos vivem assim, mas eu não estou sabendo lidar mais.
Você levanta e junta os cacos.
Até que encontra um caco diferente que não encaixa naquela parte.
Você faz força e todo seu trabalho se destrói.
Você se corta com aqueles cacos, e precisa começar tudo de novo.
Isso mentalmente vai me destruindo.
Vai me deixando doente.
E a cada dia acordo me sentindo pior.
Boto meus fones no ouvido com alguma canção que se encaixe naquele momento.
É sempre uma canção triste .
Na rua a cidade inteira parece estar sem cor.
Vejo tudo cinza para onde quer que eu olhe.
Uma nuvem negra me acompanha no meu caminho, fechando o tempo a minha volta.
Em breve irá chover.
Volto para minha cama.
Tento de alguma forma perder a consciência desse peso que está me sufocando.
Não há droga ou álcool que me livre daquela sensação.
Não há amor para o qual recorrer.
Não tenho lágrimas que ajudem nesse processo.
Não quero ver ninguém.
O que sinto parece ser contagioso.
E nem mesmo eu, no auge do meu egoísmo, iria querer esse sentimento para alguém.
Meu corpo reage de uma forma que parece desistência.
Minha mente só quer se desligar.
As vezes é tentador a ideia de desistir.
Mesmo não sendo nada poético.
A escuridão se aproxima como nos velhos tempos.
E eu não sei se tenho mais forças para lutar contra ela
Já é noite la fora.
Horário que eu normalmente tenho uma energia reserva para usar.
Volto para a rua.
Sem destino.
Dessa vez não quero ir a um bar.
Apenas quero caminhar e tentar de alguma forma limpar minha alma.
A chuva prometida da tarde, resolve aparecer agora.
Como uma velha e sombria amiga, ela me faz companhia.
Eu continuo ali.
Caminhando a beira do rio que convoca a todas as mentes confusas a se entregar.
Eu ouço seu chamar.
Mas a chuva me protege desse convite.
Ela aos poucos vai lavando minha alma e me dando uma leveza de alguma forma.
Mas eu ainda estou muito negativo.
Ali caminhando, com a chuva encharcando todo meu corpo, eu pareço estar bem acompanhado.
Seria engraçado se essa sensação fosse causada por um dos meus abençoados porres.
Levantei me sentindo como se tivesse sido espancado.
O que não é justo, porque nunca me envolvi em uma briga.
Sou uma vergonha até mesmo para minha classe de bêbados nesse quesito.
Mas meu mal estar não era ressaca.
Não era físico.
Era mental.
Eu vivia para sobreviver.
Cada dia um nova luta.
E no final do dia eu tinha mais cacos para juntar.
Muitos vivem assim, mas eu não estou sabendo lidar mais.
Você levanta e junta os cacos.
Até que encontra um caco diferente que não encaixa naquela parte.
Você faz força e todo seu trabalho se destrói.
Você se corta com aqueles cacos, e precisa começar tudo de novo.
Isso mentalmente vai me destruindo.
Vai me deixando doente.
E a cada dia acordo me sentindo pior.
Boto meus fones no ouvido com alguma canção que se encaixe naquele momento.
É sempre uma canção triste .
Na rua a cidade inteira parece estar sem cor.
Vejo tudo cinza para onde quer que eu olhe.
Uma nuvem negra me acompanha no meu caminho, fechando o tempo a minha volta.
Em breve irá chover.
Volto para minha cama.
Tento de alguma forma perder a consciência desse peso que está me sufocando.
Não há droga ou álcool que me livre daquela sensação.
Não há amor para o qual recorrer.
Não tenho lágrimas que ajudem nesse processo.
Não quero ver ninguém.
O que sinto parece ser contagioso.
E nem mesmo eu, no auge do meu egoísmo, iria querer esse sentimento para alguém.
Meu corpo reage de uma forma que parece desistência.
Minha mente só quer se desligar.
As vezes é tentador a ideia de desistir.
Mesmo não sendo nada poético.
A escuridão se aproxima como nos velhos tempos.
E eu não sei se tenho mais forças para lutar contra ela
Já é noite la fora.
Horário que eu normalmente tenho uma energia reserva para usar.
Volto para a rua.
Sem destino.
Dessa vez não quero ir a um bar.
Apenas quero caminhar e tentar de alguma forma limpar minha alma.
A chuva prometida da tarde, resolve aparecer agora.
Como uma velha e sombria amiga, ela me faz companhia.
Eu continuo ali.
Caminhando a beira do rio que convoca a todas as mentes confusas a se entregar.
Eu ouço seu chamar.
Mas a chuva me protege desse convite.
Ela aos poucos vai lavando minha alma e me dando uma leveza de alguma forma.
Mas eu ainda estou muito negativo.
Ali caminhando, com a chuva encharcando todo meu corpo, eu pareço estar bem acompanhado.
No meio do meu caminho aparecem 3 jovens irlandeses,
do tipo que gostam de uma confusão.
Eu normalmente ignoro as besteiras faladas e continuo meu caminho.
Mas esses queriam na verdade me assaltar.
Hoje não.
Eu paro com um sorriso debochado no rosto e pergunto se eles querem que eu chute suas bundas para casa.
Essa era a faísca que precisava para aquele fogo arder.
Os 3 pulam em cima de mim e começam uma brutal surra.
Eu simplesmente cheguei a um nível de negatividade que a cada soco que levo ,eu apenas sorrio.
Mas essa negatividade me alimenta com todos os sentimentos ruins imagináveis.
E eu não só apanho, como resolvo dar uma lição nesses idiotas sem sorte, que resolveram cruzar meu caminho hoje.
Depois de uma lição ,os 3 ficaram apavorados com a minha reação improvável e saíram correndo.
Aquela adrenalina toda, esquenta meu corpo.
Me pego sorrindo sozinho e cuspindo sangue.
No auge daqueles caos que estava meu espirito, eu esqueci tudo a minha volta.
Eu esqueci da minha mente.
Esqueci do meu corpo.
Eu estava bem machucado.
Apanhei bastante, e ainda consegui uma espécie de corte não muito fundo feito por uma navalha na barriga.
Em nada mudava minha vida.
Eram mais cacos para serem juntados e colados.
Essa era a ironia do dia.
Perceber isso e ver que era um ciclo do qual eu não tinha escapatória.
Juntei meus cacos.
E com o mesmo sorriso debochado no rosto e cuspindo sangue, caminhei sentindo a chuva lavar minha alma e feridas pelo caminho.
Não ia ser hoje a minha desistência.
Talvez precisasse de mais para me quebrar totalmente.
Enquanto tiver dedos cortados resistindo a dor ,estarei juntando os cacos.
Eu normalmente ignoro as besteiras faladas e continuo meu caminho.
Mas esses queriam na verdade me assaltar.
Hoje não.
Eu paro com um sorriso debochado no rosto e pergunto se eles querem que eu chute suas bundas para casa.
Essa era a faísca que precisava para aquele fogo arder.
Os 3 pulam em cima de mim e começam uma brutal surra.
Eu simplesmente cheguei a um nível de negatividade que a cada soco que levo ,eu apenas sorrio.
Mas essa negatividade me alimenta com todos os sentimentos ruins imagináveis.
E eu não só apanho, como resolvo dar uma lição nesses idiotas sem sorte, que resolveram cruzar meu caminho hoje.
Depois de uma lição ,os 3 ficaram apavorados com a minha reação improvável e saíram correndo.
Aquela adrenalina toda, esquenta meu corpo.
Me pego sorrindo sozinho e cuspindo sangue.
No auge daqueles caos que estava meu espirito, eu esqueci tudo a minha volta.
Eu esqueci da minha mente.
Esqueci do meu corpo.
Eu estava bem machucado.
Apanhei bastante, e ainda consegui uma espécie de corte não muito fundo feito por uma navalha na barriga.
Em nada mudava minha vida.
Eram mais cacos para serem juntados e colados.
Essa era a ironia do dia.
Perceber isso e ver que era um ciclo do qual eu não tinha escapatória.
Juntei meus cacos.
E com o mesmo sorriso debochado no rosto e cuspindo sangue, caminhei sentindo a chuva lavar minha alma e feridas pelo caminho.
Não ia ser hoje a minha desistência.
Talvez precisasse de mais para me quebrar totalmente.
Enquanto tiver dedos cortados resistindo a dor ,estarei juntando os cacos.
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