Diferente de todos os contos, esse não foi escrito pelo seu adorado Vigário.
Eu me chamo Ari.
Algumas vezes citado nessa bela sinfonia de palavras escritas por ele.
A origem do seu nome é algo que nunca foi uma certeza para mim.
Conheci Vigário na faculdade de jornalismo e ele já levava esse nome.
Não lembro de ver nada oficial em seu nome.
John diz que sabe seu nome verdadeiro, mas jamais ousaria me contar.
Há quem diga que seu nome é devido a uma noviça que ele teve um relacionamento de carnaval.
Ele esperava dar uma certa hora da noite para entrar no convento e ter seus encontros com essa menina que se preparava para se tornar freira.
Antes do horário da primeira oração matinal, ele saia de fininho.
Fez isso o carnaval todo.
Até que na quarta-feira de cinzas, a madre superior levantou mais cedo.
Sua única ideia foi vestir uma roupa de padre que encontrou no armário.
E se passou de Vigário geral da região em visita para a madre superior.
Conseguiu fugir, mas sua história não foi assim tão convincente.
Hoje em dia existe um bloco de carnaval em homenagem ao que ele mesmo diz ser uma lenda.
Sempre que pergunto da noviça, ele sorrir suavemente dizendo para não passar essas fantasias para frente.
Outros dizem que Vigário estudou para ser padre na sua adolescência.
E devido a seu ímpeto por viver amores, teve de abandonar esse caminho.
Faz sentido, se existe alguém leal a princípios é ele.
Mas é outra história que ele desmente sem continuar o assunto.
Poderia ficar aqui contando várias lendas que se criaram em volta do seu nome, mas não teria lógica.
Vigário sempre foi um amigo que você não vai achar no mundo.
Um cara que dará a vida por quem ele considera.
E são poucos.
Sempre foi um cara fechado, mas com um coração gigante.
Ele só se abre com seus poucos amigos e com seus amores.
Eu o considero como irmão, assim como John.
Lembro me quando contei a ele sobre o quanto eu estava apaixonado por Faith.
Ele botou a mão no meu ombro e com aquele sorriso leve de sempre falou;
- Ame a até que isso te mate, e deixe essa merda do seu dinheiro de lado quando estiver com ela.
E tenho feito isso desde então.
Em nenhum momento meus milhões e todo o poder que consegui com minha fortuna me ajudaram em algo com Faith.
Foram sempre os simples momentos.
Ele sempre foi um bom conselheiro.
Rabugento porem de uma empatia que ainda vai afundá-lo.
Mais ele diz que tem consciência e topa o preço.
Hoje em dia a minha briga é por resgatá-lo.
Vigário está cada dia mais sendo consumido pelos seus demônios.
Vive isolado, evitando qualquer um de nos.
Para levar ele para Irlanda e a vida de viagens pelo mundo, tive que inventar uma doença terminal.
Daria cada moeda que tenho para ter ele de volta as origens, com seu sorriso sacana no rosto e aquele gosto por viver que só ele tinha.
Mas vocês, leitores, conhecem ele tão bem quanto eu.
Vigário tem o dom de despir sua alma pelas palavras dos seus contos.
Ele consegue transmitir sua melancolia, seu sofrimento, sua alegria, suas tiradas ácidas e todo e qualquer sentimento que habita nele naquele momento.
Ele com certeza vai te fazer sentir.
Eu sou um apaixonado pelas suas palavras.
Acho de uma força sem igual, algo que se comunica com momentos da sua vida.
Te leva a reflexão, o que é a coisa mais preciosa que alguém com o dom das palavras pode te presentear.
O homem de muitos amores.
Sempre se entregando.
Sempre intenso.
Quando vigário está com alguém, eu sinto o quão incandescente é aquele amor que ele está vivendo.
No momento, ele não atende as minhas chamadas faz uma semana.
Estamos em outro país e ele simplesmente cumpre uma rotina que ele criou e se tranca, ignorando qualquer contato.
Em algum momento, eu e John conseguiremos tirar ele da escuridão que ele se esconde e aí teremos ótimos momentos juntos, até ele fugir novamente.
Mas a minha promessa que deixo aqui como amigo pessoal do Vigário, irmão de alma, leitor e fã incondicional é de que continuarei brigando por ele.
Se depender de mim, todos nós poderemos usufruir das suas palavras por muitos e muitos anos.
Eu ganhei 80 milhões na loteria.
Graças a isso, construí um império pelo mundo que me dá um poder absurdo.
Mas nada disso chega aos pés da dificuldade das minhas duas maiores metas de vida.
Ganhar o coração de Faith e manter Vigário sendo o nosso Vigário.
Ele com certeza vai reprovar essas palavras.
Com sua rabugice vai falar que não aprendi nada na faculdade de jornalismo.
Mas não sou escritor.
Apenas me senti na obrigação de vir aqui falar um pouco sobre esse ser, que a cada dia cativa mais pessoas com seus sentimentos a mostra.
Tomando um gole de uma cerveja japonesa termino esse conto.
Com o desejo de todo amor para nós e mais contos do nosso amado e bastardo Vigário.
gostaria de saber o titulo de algumas de suas obras literárias,
ResponderExcluirseria muito bom ter um exemplar.