Depois de uma hora de voo e 2 litros de agua estava eu em Nova York.
Minha ressaca era insuportável, mas como Maeve estava um pouco estressada com meu atraso no aeroporto que quase custou nosso voo, meu sorriso irônico estava intacto.
Minha ressaca era insuportável, mas como Maeve estava um pouco estressada com meu atraso no aeroporto que quase custou nosso voo, meu sorriso irônico estava intacto.
Na saída do aeroporto tinha uma enorme e brilhante limusine preta com um
motorista com um sorriso cansado sinalizando para nos.
Latini tinha mandando a limusine nos buscar.
Latini era o rei do exagero e ele sabia que eu odiava essas extravagâncias.
A limusine era uma péssima ideia e só fez minha ressaca piorar mais.
Nova York tem um transito caótico, e para aquele carro gigantesco as coisas eram 3 vezes mais complicadas.
O lado positivo foi que a viagem acabou sendo tão longa que consegui tirar um cochilo.
Depois de um bom tempo, o motorista parava em frente a uma das entradas do Central Park, informando nos que Latini estaria no memorial a John Lennon, o famoso Strawberry Fields.
Uma loira que não me era estranha se aproximou.
- Olá Vigário, vou acompanhar vocês até onde Latini esta. - Ela falava com uma certa intimidade da qual eu não lembrava de onde vinha.
Fomos entrando pelo park, com aquela vista maravilhosa.
O central Park passa uma sensação muito boa, de leveza.
Não era a minha primeira vez ali.
Lembro que alguns anos atrás, fiz uma especie de fuga da minha realidade.
Peguei um flat minúsculo a 10 minutos de caminhada do park e ficava ali todo dia sentado tentando escrever algo que fosse diferente do que vinha fazendo.
Foram uns 15 dias de paz de espirito e sem ninguém ao redor.
O clima estava muito convidativo.
No decorrer do caminho ,eu me lembrei quem era aquela loira.
Latini tinha mandando a limusine nos buscar.
Latini era o rei do exagero e ele sabia que eu odiava essas extravagâncias.
A limusine era uma péssima ideia e só fez minha ressaca piorar mais.
Nova York tem um transito caótico, e para aquele carro gigantesco as coisas eram 3 vezes mais complicadas.
O lado positivo foi que a viagem acabou sendo tão longa que consegui tirar um cochilo.
Depois de um bom tempo, o motorista parava em frente a uma das entradas do Central Park, informando nos que Latini estaria no memorial a John Lennon, o famoso Strawberry Fields.
Uma loira que não me era estranha se aproximou.
- Olá Vigário, vou acompanhar vocês até onde Latini esta. - Ela falava com uma certa intimidade da qual eu não lembrava de onde vinha.
Fomos entrando pelo park, com aquela vista maravilhosa.
O central Park passa uma sensação muito boa, de leveza.
Não era a minha primeira vez ali.
Lembro que alguns anos atrás, fiz uma especie de fuga da minha realidade.
Peguei um flat minúsculo a 10 minutos de caminhada do park e ficava ali todo dia sentado tentando escrever algo que fosse diferente do que vinha fazendo.
Foram uns 15 dias de paz de espirito e sem ninguém ao redor.
O clima estava muito convidativo.
No decorrer do caminho ,eu me lembrei quem era aquela loira.
Latini era o meu amigo de índole mais questionável.
Qualquer passo que ele dava, era por mais humano pensado em interesses.
Eu a conheci quando ainda era uma jovem nos seus 18 anos.
Nos vimos pouquíssimas vezes, mas em algum momento aqueles traços me fizeram lembrar quem ela era.
Depois que Latini construiu seu império ,ele começou a investir em pessoas.
Mais especificadamente ,em mulheres com potencial de futuro para ele em alguma área.
E claro, mulheres bonitas do qual na grande partes das vezes ele viria a ter casos.
Ela era estudante de economia, muito avançada para a instituição que ela estudava.
Latini viu nela um business ,além de uma espécie de paixão naquela época.
Se é que Latini pode amar algo que não seja cocaína, álcool e sexo.
Ela estava muito bonita e amadurecida.
Além de rica.
Ela tinha sido bancada em Nova York logo nos seus primeiros anos de faculdade, na sua juventude.
E ela virou uma loba em Wall Street.
Era uma das mais respeitadas mundialmente em relação a bolsa de valores.
O touro de Wall Street tinha se entregado a ela a muito tempo.
Ela era uma brasileira que foi muito cedo para Nova York mas que assim como 90% das escolha de Latini, tinha criado um próprio império.
Latini tinha um estrela para essas coisas.
O fato de não ter escrúpulos parecia ser o diferencial.
Quando chegamos perto daquele símbolo branco no chão cheio de flores escrito IMAGINE ,tinha um bebe de menos de um ano, com um grande sorriso e transmitindo uma paz absurda ao lugar.
Todos sorriam levemente, a criança brincava com as flores ali no chão e um senhorzinho com uma voz doce e calma cantava algum clássico dos Beatles.
Eu parei ali naquele cenário por uns 5 minutos que pareceram uma eternidade.
Nem Maeve, nem a loba de Wall Street ou muito menos Latini ousaram me interromper daquela viagem.
Assim que a canção terminou, a mãe pegou sua criança ,e aquele ar foi voltando ao normal.
- Essas drogas que você usava no século passado fuderam mesmo seu cérebro - Falava aquela voz inconfundível de Latini
Ele estava sentado em um branco bem próximo do memorial com uma garrafa de Vodka na mão.
- Minha viagem não foi suficiente para eu não perceber dois dos seus aspones a nossa volta - Eu retrucava, depois de perceber dois homens que tinham toda a pinta de funcionários de Latini a nossa volta.
- Sei que você odeia isso Vigário, mas não se preocupe ,eles só estão aqui para evitar dor de cabeça com as autoridades locais por causa de álcool e outras coisitas mais.
Era proibido beber no Central Park, e mesmo assim Latini dava suas goladas em uma garrafa de vodka sem nenhum pudor.
- Quer um gole? Você demorou muito e foi o que restou do meu tradicional Breakfast no Central Park.
Uma vez por ano, como uma espécie de ritual, eu venho aqui e faço nevar no memorial.
Faço uma bela carreira, abaixo do IMAGINE e é assim que começo um novo ciclo.
A parte infame é dizer que eu não imagino, eu faço.
Latini era um humano diferente, sem limites.
Cinco minutos antes de eu presenciar aquela cena que me gerou um enorme êxtase ,eu iria presenciar ,Latini ,um dos homens mais poderosos da política brasileira e respeitado em vários outros países, agachado cheirando um carreira de pó e fazendo uma piada tosca no memorial de John Lennon.
Essas horas eu via o lado positivo do transito de Nova York.
Saímos dali em direção ao hotel, onde estaria minhas roupas para o
casamento de um amigo poderoso de Latini.
Um dos congressistas de maior força no momento nos Estados Unidos.
Eu dormi por horas, até ser acordado com Latini na minha porta no quarto de hotel.
Com todo seu exagero ,Latini vestia um fraque cinza com colete da mesma cor, uma cartola e uma bengala que acompanhava aquele ar meio do século passado.
Minha roupa era um pouco menos extravagante mas ainda assim exagerada.
Um terno de corte italiano preto, uma camisa social branca, gravata preta e colete vinho com um estilo gótico dos filmes de vampiros antigos.
Nada de cartola ou bengala, e mesmo assim me dei o direito de ignorar aquele belo terno.
Usei apenas o colete com a gravata por baixo.
Me sentia bem mais formal do que deveria.
A cerimonia era em uma cobertura que mais parecia um reino, de frente para uma das entradas do Central Park.
Uma vista que poucas fortunas tinham acesso.
Maeve usava um vestido longo vermelho com um decote recatado mas ao mesmo tempo provocador, que dava a ela um holofote assustador.
Acho que a noiva não ia ficar muito contente.
Ela se aproximou de mim com aquele cheiro único, com um sorriso de quem aguardava ser elogiada.
Um dos congressistas de maior força no momento nos Estados Unidos.
Eu dormi por horas, até ser acordado com Latini na minha porta no quarto de hotel.
Com todo seu exagero ,Latini vestia um fraque cinza com colete da mesma cor, uma cartola e uma bengala que acompanhava aquele ar meio do século passado.
Minha roupa era um pouco menos extravagante mas ainda assim exagerada.
Um terno de corte italiano preto, uma camisa social branca, gravata preta e colete vinho com um estilo gótico dos filmes de vampiros antigos.
Nada de cartola ou bengala, e mesmo assim me dei o direito de ignorar aquele belo terno.
Usei apenas o colete com a gravata por baixo.
Me sentia bem mais formal do que deveria.
A cerimonia era em uma cobertura que mais parecia um reino, de frente para uma das entradas do Central Park.
Uma vista que poucas fortunas tinham acesso.
Maeve usava um vestido longo vermelho com um decote recatado mas ao mesmo tempo provocador, que dava a ela um holofote assustador.
Acho que a noiva não ia ficar muito contente.
Ela se aproximou de mim com aquele cheiro único, com um sorriso de quem aguardava ser elogiada.
- Você está linda
Maeve, como sempre – Eu fazia sua vontade sem nenhum tipo de obrigação.
E ela agradecia com seu sorriso leve.
Antes da cerimônia, Maeve e eu fomos a uma área do que seria a área do noivo.
Um enorme sala de estar onde estava o noivo, padrinhos e alguns pouquíssimos convidados.
Que inclui mulheres, drogas e álcool.
Na porta, todos deixavam os celulares, e só alguns tinham esse privilégio de participar.
Em terras tupiniquins diríamos que aquilo era uma despedida de solteiro horas antes do casamento.
Uma mesa gigantesca com comida japonesa, frios e frutas.
Do outro lado da sala, um grande bar, onde você mesmo se servia de qualquer bebida que imaginasse.
Uma Bancada a frente com um sistema antigo que produzia doses de absinto, onde pequenos cálices acompanhavam uma colher ao topo, onde havia um torrão de açúcar que era derretido lentamente por gotas de agua.
Um absinto com uma cor verde mais bruta, e que depois Latini me explicava que era uma produção mais caseira com a erva mais potencializada.
O que significava insanidade.
E a cereja do bolo que Latini apontava com um sorriso no rosto.
O que ela chamava de monte Everest.
Uma montanha enorme de cocaína da qual olhando eu não teria ideia do peso.
Algo absurdo de se imaginar naquele ambiente de poderosos.
Mas basicamente aqueles políticos tinham o mesmo modo de agir de Latini.
Todos viviam politicamente da tese religiosa e padrões de família arcaicos.
o famoso “bons costumes da família tradicional”
Latini era um ateu ,que vivia da faixada política de um religioso fervoroso.
Como uma bela piada pronta, ao me aproximar do monte Everest, via na bancada canudinhos para cheirar feitos de dólares e páginas de algumas passagens da bíblia.
Além disso para deixar aquele ambiente mais abstrato, facas e cutelos enormes para você usar para fazer a sua carreira.
Era insano.
Eu não cheirava.
Já tinha tido essa experiência umas duas vezes e nunca foi minha praia.
Mas era uma sensação perigosa que estava sempre à espreita tentando me seduzir.
Peguei um daqueles belos charutos cubanos que tinha aos montes naquele salão, passei a ponta do charuto levemente no Everest apenas para dar um sabor diferenciado e fui fumar longe daquela linda obra prima.
Latini parecia uma criança que mergulhou de cabeça em um pote de chantili.
Havia pó em toda sua cara ,e seu sorriso mole era visivelmente adulterado.
Maeve fumava um beck com a loba de Wall Street.
E aquela cena era de um tesão absurdo.
Duas mulheres maravilhosas flertando, com um baseado e todo aquele poder que elas tinham exalando delas.
Mulheres poderosas que assumem essa postura normalmente são como lenha com gasolina em uma fogueira.
Voltamos todos para a cerimonia depois de umas duas horas naquele covil.
O noivo parecia um astronauta na lua.
Tenho certeza que no dia seguinte ele nem saberia que casou.
Eu conversava com um senador que era um dos padrinho e que eu já havia sido apresentado em outra ocasião por Ari.
Era um senhorzinho muito respeitável e de ótimo papo.
Sem nenhum tipo de cegueira pelo poder.
Um homem que dignamente não foi corrompido pelo poder.
Ele já estava se despedindo de mim ,quando em tom de brincadeira pediu para que eu tomasse conta da sua filha na festa.
Ele então chamou ela e me apresentou.
E eu achei um sentido para estar ali naquela festa.
Ela devia estar no auge dos seus quase 30 anos.
Tinha um semblante que me lembrava a famosa cantora Janis Joplin.
Uma versão mais jovem de aparência e menos afetada pela a vida de abusos.
Ela também tinha um ar meio hippie.
Sua roupa para o casamento com certeza seria reprovada se ela não fosse a filha do senador.
Não tinha aquele potencial de formalidade que esses tipos de cerimonias pedem ,muito menos naquela alta cúpula da sociedade.
Mas ela não se importava.
Estava lá com seu vestido simples ,com seu tom meio Woodstock.
Ela tinha um tom meio ferrugem no rosto, que era algo que eu adorava e que estava fazendo parte das mulheres que entravam na minha vida recentemente.
Sua brancura flertava com um nível baixo de albinismo.
Ela se despediu do seu pai e ficou ali conversando comigo.
E se divertia com meu sotaque brasileiro no inglês.
Era bom aquela conversa com alguém que se sentia bem comigo sem saber nada sobre minha carreira de escritor.
Depois de um tempo conversando ela me convidou a acompanhá-la para um lugar mais reservado.
Naquele momento a festa estava no auge da loucura.
Todos os convidados estavam em uma vibe que deixariam uma rave no chinelo.
Cheguei um minúsculo cômodo que parecia um quarto.
Apenas uma cama e um espelho.
Ela puxou um cigarro eletrônico desses que era moda nesse momento da sociedade.
Era um vaporizador com extrato de cannabis.
Ela avisava que podia ser um pouco mais forte do que fumar um baseado normal.
Eu não sou um fã de tecnologias no geral, mas eu andava com a mente aberta para a atualidade.
Ficamos ali fumando aquilo.
E ela achava graça do apelido que dei, de Janis, e resolveu cantar para mim.
E incrivelmente ela tinha uma voz linda.
Aquilo me excitava ainda mais.
Em 10 minutos estávamos se pegando como loucos.
Um dos casamentos mais ricos e poderosos estava acontecendo e eu e a reencarnação de Janis Joplin ali naquele quartinho de empregada fumando e transando como o melhor que a plebe pode oferecer.
Ficamos ali por umas duas horas.
Quando sai ,demos de cara com Maeve e a loba de Wall Street ajeitando os vestidos em um corredor.
Quando me viu, Maeve deu um sorriso culpado do qual eu já conhecia muito bem.
-Vigário ,se prepara que em 5 horas vamos pegar um jatinho particular para Vegas.
Latini ,eu e você vamos para um fim de semana de folga que você tanto merece.
Eu apenas achava graça.
A minha reencarnação de Janis e a loba de Wall Street ,também foram convidadas e resolveram nos acompanhar.
Depois de um belo banho e mais sexo no chuveiro ,nos dois saímos a caminho do aeroporto comendo tudo o que podíamos.
A larica tinha chegado com tudo.
No jatinho fui informado que Ari e John estariam lá para esse fim de semana, que depois desse casamento parecia ser improvável de igualar a loucura acumulada.
Sentado no jatinho ,ouvia Latini no telefone dizendo o quão doente ele estava e por esse motivo estaria ausente de uma votação importante no congresso.
Ele me viu ouvindo aquela conversa e como tradicionalmente, deu uma piscada e rebolava sua língua no meio de dois dedos, simulando um sexo oral.
Latini era um lixo.
Mas quem era eu para julgar.
Estava a caminho da minhas merecidas folgas em Las Vegas e só isso importava.
E ela agradecia com seu sorriso leve.
Antes da cerimônia, Maeve e eu fomos a uma área do que seria a área do noivo.
Um enorme sala de estar onde estava o noivo, padrinhos e alguns pouquíssimos convidados.
Que inclui mulheres, drogas e álcool.
Na porta, todos deixavam os celulares, e só alguns tinham esse privilégio de participar.
Em terras tupiniquins diríamos que aquilo era uma despedida de solteiro horas antes do casamento.
Uma mesa gigantesca com comida japonesa, frios e frutas.
Do outro lado da sala, um grande bar, onde você mesmo se servia de qualquer bebida que imaginasse.
Uma Bancada a frente com um sistema antigo que produzia doses de absinto, onde pequenos cálices acompanhavam uma colher ao topo, onde havia um torrão de açúcar que era derretido lentamente por gotas de agua.
Um absinto com uma cor verde mais bruta, e que depois Latini me explicava que era uma produção mais caseira com a erva mais potencializada.
O que significava insanidade.
E a cereja do bolo que Latini apontava com um sorriso no rosto.
O que ela chamava de monte Everest.
Uma montanha enorme de cocaína da qual olhando eu não teria ideia do peso.
Algo absurdo de se imaginar naquele ambiente de poderosos.
Mas basicamente aqueles políticos tinham o mesmo modo de agir de Latini.
Todos viviam politicamente da tese religiosa e padrões de família arcaicos.
o famoso “bons costumes da família tradicional”
Latini era um ateu ,que vivia da faixada política de um religioso fervoroso.
Como uma bela piada pronta, ao me aproximar do monte Everest, via na bancada canudinhos para cheirar feitos de dólares e páginas de algumas passagens da bíblia.
Além disso para deixar aquele ambiente mais abstrato, facas e cutelos enormes para você usar para fazer a sua carreira.
Era insano.
Eu não cheirava.
Já tinha tido essa experiência umas duas vezes e nunca foi minha praia.
Mas era uma sensação perigosa que estava sempre à espreita tentando me seduzir.
Peguei um daqueles belos charutos cubanos que tinha aos montes naquele salão, passei a ponta do charuto levemente no Everest apenas para dar um sabor diferenciado e fui fumar longe daquela linda obra prima.
Latini parecia uma criança que mergulhou de cabeça em um pote de chantili.
Havia pó em toda sua cara ,e seu sorriso mole era visivelmente adulterado.
Maeve fumava um beck com a loba de Wall Street.
E aquela cena era de um tesão absurdo.
Duas mulheres maravilhosas flertando, com um baseado e todo aquele poder que elas tinham exalando delas.
Mulheres poderosas que assumem essa postura normalmente são como lenha com gasolina em uma fogueira.
Voltamos todos para a cerimonia depois de umas duas horas naquele covil.
O noivo parecia um astronauta na lua.
Tenho certeza que no dia seguinte ele nem saberia que casou.
Eu conversava com um senador que era um dos padrinho e que eu já havia sido apresentado em outra ocasião por Ari.
Era um senhorzinho muito respeitável e de ótimo papo.
Sem nenhum tipo de cegueira pelo poder.
Um homem que dignamente não foi corrompido pelo poder.
Ele já estava se despedindo de mim ,quando em tom de brincadeira pediu para que eu tomasse conta da sua filha na festa.
Ele então chamou ela e me apresentou.
E eu achei um sentido para estar ali naquela festa.
Ela devia estar no auge dos seus quase 30 anos.
Tinha um semblante que me lembrava a famosa cantora Janis Joplin.
Uma versão mais jovem de aparência e menos afetada pela a vida de abusos.
Ela também tinha um ar meio hippie.
Sua roupa para o casamento com certeza seria reprovada se ela não fosse a filha do senador.
Não tinha aquele potencial de formalidade que esses tipos de cerimonias pedem ,muito menos naquela alta cúpula da sociedade.
Mas ela não se importava.
Estava lá com seu vestido simples ,com seu tom meio Woodstock.
Ela tinha um tom meio ferrugem no rosto, que era algo que eu adorava e que estava fazendo parte das mulheres que entravam na minha vida recentemente.
Sua brancura flertava com um nível baixo de albinismo.
Ela se despediu do seu pai e ficou ali conversando comigo.
E se divertia com meu sotaque brasileiro no inglês.
Era bom aquela conversa com alguém que se sentia bem comigo sem saber nada sobre minha carreira de escritor.
Depois de um tempo conversando ela me convidou a acompanhá-la para um lugar mais reservado.
Naquele momento a festa estava no auge da loucura.
Todos os convidados estavam em uma vibe que deixariam uma rave no chinelo.
Cheguei um minúsculo cômodo que parecia um quarto.
Apenas uma cama e um espelho.
Ela puxou um cigarro eletrônico desses que era moda nesse momento da sociedade.
Era um vaporizador com extrato de cannabis.
Ela avisava que podia ser um pouco mais forte do que fumar um baseado normal.
Eu não sou um fã de tecnologias no geral, mas eu andava com a mente aberta para a atualidade.
Ficamos ali fumando aquilo.
E ela achava graça do apelido que dei, de Janis, e resolveu cantar para mim.
E incrivelmente ela tinha uma voz linda.
Aquilo me excitava ainda mais.
Em 10 minutos estávamos se pegando como loucos.
Um dos casamentos mais ricos e poderosos estava acontecendo e eu e a reencarnação de Janis Joplin ali naquele quartinho de empregada fumando e transando como o melhor que a plebe pode oferecer.
Ficamos ali por umas duas horas.
Quando sai ,demos de cara com Maeve e a loba de Wall Street ajeitando os vestidos em um corredor.
Quando me viu, Maeve deu um sorriso culpado do qual eu já conhecia muito bem.
-Vigário ,se prepara que em 5 horas vamos pegar um jatinho particular para Vegas.
Latini ,eu e você vamos para um fim de semana de folga que você tanto merece.
Eu apenas achava graça.
A minha reencarnação de Janis e a loba de Wall Street ,também foram convidadas e resolveram nos acompanhar.
Depois de um belo banho e mais sexo no chuveiro ,nos dois saímos a caminho do aeroporto comendo tudo o que podíamos.
A larica tinha chegado com tudo.
No jatinho fui informado que Ari e John estariam lá para esse fim de semana, que depois desse casamento parecia ser improvável de igualar a loucura acumulada.
Sentado no jatinho ,ouvia Latini no telefone dizendo o quão doente ele estava e por esse motivo estaria ausente de uma votação importante no congresso.
Ele me viu ouvindo aquela conversa e como tradicionalmente, deu uma piscada e rebolava sua língua no meio de dois dedos, simulando um sexo oral.
Latini era um lixo.
Mas quem era eu para julgar.
Estava a caminho da minhas merecidas folgas em Las Vegas e só isso importava.
Excelente...
ResponderExcluirMuito interessante...
ResponderExcluirSimplesmente não consegui parar de ler!
ResponderExcluirPS.:Sou Carol Xavier. Izabel é avó cristã do meu filho.
Simplesmente não consegui parar de ler!
ResponderExcluirPS.:Sou Carol Xavier. Izabel é avó cristã do meu filho.
Fiquei excitada só de ler. Hahaha
ResponderExcluirbelas colocações de palavras ; a experiencia deve ser melhor lendo bêbado...
ResponderExcluir